terça-feira, 2 de setembro de 2008

Muhammad Yunus, o banqueiro dos pobres

Em evento realizado na Editora Abril, no dia 25 de agosto, o banqueiro bengalês Muhammad Yunus dividiu sua experiência com uma platéia formada por grandes empresários do país.

Yunus, criador do Grameen, o maior banco do mundo voltado para o microcrédito, acredita que a pobreza não é natural e deve ser erradicada por meio de um novo conceito de negócios, o "social business".

Tudo começou em 1974, quando Muhammad Yunus era professor de economia na Universidade de Chittagong. Na época, seu país foi assolado por uma onda de fome que matou milhares de bengaleses. Inconformado, decidiu empresar 27 dólares a 42 pessoas, sem juros e sem um prazo fixo para que devolvessem o dinheiro, de modo que elas pudessem se livrar dos agiotas.

Chamado de louco pelos amigos, era de se esperar que ele jamais visse seu dinheiro novamente. O que seus amigos não sabiam é que, ao praticar a solidariedade, Yunus dava início ao maior e mais famoso banco de microcrédito do mundo, com um superávit anual de 22 milhões de dólares.

O Grameen conta com 22 mil funcionários e já emprestou mais de 7 bilhões de dólares a cerca de 7 milhões e meio de pessoas. O índice de inadimplência é de dar inveja a qualquer banco convencional: não chega a 2%.

Para conhecer melhor a história do banqueiro dos pobres leia a reportagem de Thaís Prado, publicada no site Planeta Sustentável. Segue link http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_297443.shtml

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Depois de quatro anos, finalmente o blog. Desculpas não faltaram. Desde a dificuldade de lidar com a tecnologia até a falta de tempo, fui adiando,.....o fato é que estou muito feliz em compartilhar minha experiência na web.

Há quatro atuo no Terceiro Setor. Além de registrar histórias de vidas de jovens que superaram desafios, conheço o trabalho de um voluntariado atuante que tem feito a diferença. O tema social sempre chamou a minha atenção, mas só ao conhecer de perto as dificuldades de quem vive com menos de um salário mínimo por mês, pude entender o que significa ser pobre no Brasil.

Apesar da fome, da falta de recursos básicos como escola e oportunidades de emprego, este brasileiro ainda acredita num país melhor. Ele é trabalhador e aproveita todas as oportunidades.

Os jovens idem, desde que tenham a orientação adequada, o que só é possível quando estão inseridos num projeto social. Fora dele, existe um setor atento à mão-de-obra para o trabalho sujo: o tráfico de drogas. A chamada para o primeiro emprego começa cedo, garotos com seis , sete anos de idade começam a trabalhar como olheiros. O salário: R$20,00/dia. Depois quando mostram que sabem fazer direito, recebem um aumento R$50,00/dia para transportar a "mercadoria" para o receptor, geralmente um jovem bem vestido, num bom carro, que chega para comprar a droga. Este jovem de classe média certamente não passa fome, tem um bom convênio médico, estuda numa excelente escola particular, mas sofre de uma carência crônica de falta de sei lá do quê que o coloca como fomentador de um mercado que destrói vidas.

Voltando a falar daquele jovem, sua vida é curta e o destino certo: morte. A taxa de homicídio juvenil é alta entre a população de baixa renda com idade entre 15 e 19 anos.

Apesar deste quadro lastimável, existe um fator que nos ajuda a resgatar estes jovens: eles conhecem o preço que se paga pelo crime. Nos relatos a maioria já perdeu um amigo ou alguém da família, e o que é pior, muitos já assistiram a assassinatos.

Quando percebi que a comunicação é uma ferramenta essencial na captação de recursos destas organizações, resolvi adotar a causa da inclusão social. Minha missão é registrar, captar parcerias, patrocínio e recursos em geral para os projetos em comunidades carentes de São Paulo. E sabe o que percebi? É muito gratificante participar deste processo. A vida tem um sentido maior, fica com propósito.

Gostaria de começar indicando o site de uma organização nota 1.000: Promove Ação Sócio Cultural. Com cinco unidades, todas no meio de favelas da zona norte, atende mensalmente 1.800 crianças, jovens e adultos. O resultado: jovens inseridos no mercado de trabalho e crianças longe das ruas, matriculadas na escola e com um dia repleto de atividades recreativas. A família também recebe assistência. http://www.promove.org.br/